Buscando conhecimento
Perguntei ao sertanejo
Observador constante
Não vive só de lampejos
- Onde está a fortaleza
Das forças da natureza?
Ele disse: - No Desejo
- Para conter uma moça
Nem a muralha da china
- Nada inibe o alpinista
Nem a mais alta colina
- A própria água do rio
Vence qualquer desafio
Até o mar, sua sina
Vendo que ele filosofa
Quis ouvir seu coração
Perguntando ao sujeito
A sua percepção
Procurei ser mais profundo:
- Que você acha do mundo
E da civilização ?
- O mundo é um presente
Perfeito que Deus nos deu
- O homem o mais perverso
Vivente que já nasceu
- Essa tal humanidade
Com Seu Filho foi covarde
Mas por ela, Ele morreu
Confesso, dei um suspiro
Diante da sapiência
Resolvi explorar mais
A profunda inteligência
Indagando ao cidadão
Sua maior ambição
Que fascina a existência?
- Depende da referência
E individualidade
- O sonho para alguns
Não é unanimidade
- Uma chuva no sertão
E um prato de feijão
Bastam a minha vaidade
E eu achando que um carro
Ou um bonito aposento
Pra quem mora num casebre
E viaja num jumento
Era o sonho de consumo
Mas sua ambição, presumo
Só Deus dá o provimento
(Pedro Augusto Fernandes de Medeiros)
Adoro literatura de cordel. Parabéns. Abraço.
ResponderExcluirAh, meu caro poeta, quantos sonhos são tão simples e na simplicidade alguns vivem tão felizes! Adorei! Sempre uma maravilha passar por aqui. Parabéns pelas belas inspirações.
ResponderExcluirTenha uma excelente semana!
Fraterno abraço,
Célia
Os facheiros são candelabros: em noite clara avistam-se luas em suas cristas.
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