quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Soneto do Trovão – Poder Prescrito


Ecoando de um raio sagaz
E irrompendo das nuvens, imponente
Amedronta a carne inocente
Sem sequer fissurar frágeis cristais

O rugido estridente é fugaz

Forte brado, lamento impotente
Um poder que já não se faz presente
O passado não guarnece bornais

O sucesso que o abandonou, só
Dissipou toda a glória no vento
Sua nobreza só vai lhe trazer dó

Aumentando a carga de tormento
Num reinado que há muito virou pó
Jaz um corpo que aguarda o seu momento

(Pedro Augusto Fernandes de Medeiros)

4 comentários:

  1. O máximo, seu soneto. Gostei muito.
    Abraços para vc, poeta!

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  2. Seu blog já é ótimo, e com os sonetos então... tem ficado melhor ainda.
    Acho legal essa mistura que você faz no blog, com poesias sobre a natureza, sobre a mulher, sobre as realidades, os sonetos.
    Parabéns.

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  3. Valeu, Lara!!! Um abraço em você também!!!

    Também acho o soneto um estilo muito interessante, Kallyana. Ter começo, meio e fim em duas estrofes de quatro versos e duas estrofes de três versos é um desafio para quem escreve, mas é muito prazeroso. Agradeço muito seus elogios.

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  4. Gostei muito do verso "fissurar frágeis cristais".

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