domingo, 12 de abril de 2009

Sangria II


Hoje cedinho(12/04), já levantei com o pensamento de ir bater continência, na primeira ação do dia, ao Marechal Dutra. Resolvi ir caminhando por dois motivos: desfrutar dos benefícios da atividade física e também para poder contemplar melhor o belo trajeto para o nosso "Monte Sião". Levei a câmera fotográfica para tentar cristalizar momentos que a retina de acariense sempre se encanta e grava na memória, mas a habilidade de fotógrafo amador é incapaz de um registro competente. Mesmo assim, resolvi arriscar.

Deixando a Vedete do Seridó, o cenário de beleza, onde a própria natureza vai preparando o espírito para o espetáculo, que imagino já esteja acontecendo: a aparição do véu de noiva. Em determinado momento tive que apressar o passo, senão não chegava ao destino, empalhado fotografando e admirando suas serras, cordilheira.


Ao chegar na curva do Café Torrado, vem a lembrança dos acarienses que hoje não mais se encostam no alambrado da parede para apreciar a sangria, mas que certamente continuam a se encantar, debruçados na varanda celeste. Nesse momento vem outro pensamento: certamente daqui a pouquinho a peregrinação dos "romeiros" vai aumentar, intensificando o fluxo de veículos. A euforia, a bebida e o trânsito intenso pode resultar em desfechos que me fez parar um pouco e pedir a Deus para que nada de mau aconteça.




Deixando o perigoso "s" do Café Torrado para tras, o "Pão de Açúcar" resplandece, junto com a primeira vista da Pousada que aparece indefesa e insignificante, diante da imensidão do maciço de granito e da explosão de vida que a natureza proporciona.

Na entrada da vila, o paredão rajado da Serra do Minador me dá as boas vindas.


Na primeira vista da água do açude, a Pedra do Avião se apresenta e passa a me acompanhar no trecho final do trajeto, antes...

...e depois da vila, como que uma guia, nos conduzindo ao espetáculo apoteótico que se segue.

Uma última olhada no "Pão de Açúcar", com a água minando da Serra do Abreu, parecendo um espelho sobre a rocha. Ouço o ronco vindo da garganta mais famosa e preparo o espírito para a cena que está por vir.










A partir daí, as palavras se tornam desnecessárias e perdem o seu significado. Apenas 10 cm de lâmina d'água que se projetava a partir do concreto, na manhã do domingo de páscoa, seria capaz de estender um véu de magia e encanto, que marca profundamente a alma de todo aquele que se atreve a decerrar os olhos diante de tanta beleza. As imagens falam.

6 comentários:

  1. Belissimas fotos, parabéns!!! abraço Ielton

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  2. Pedrinho, eu não sei o tempo que vc levou pra fazer este percurso, eu estou nele desde ontem, contemplando tudo........... " Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos" Sl.19:1

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  3. Legal, Ielton. Fico feliz com a sua presença no blog. Quando aparece por estas bandas? Vem para o cinquentenário da Garganta mais famosa?
    Forte abraço!

    Foi tudo muito rápido, Charlla. Bem mais rápido que escolher as fotos que coloquei na postagem. Pense numa indecisão grande! Escolhia uma, ficava com peso na consciência por não colocar a outra.Quase como a "escolha de Sophia". Mas fazer o quê? A escolha tinha de ser feita.
    Um fraterno abraço em você e em Cinthia.

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  4. Parabéns, e um muito obrigada por postar tão belas fotos dessa beleza que temos em nosso Acari .Analúcia destão

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  5. Pedro, vc fez uma verdadeira reportagem. Para nós, seridoenses, é muito bom saber das sangrias das nossas reservas hídrica, saber do verde que tanto amamos... Obrigada!!!
    Um abraço,
    Maria Maria

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  6. nos nordestinos temos a ilusão de que viajando para fora de nossa região ou de nosso querido pais estamos fazendo algo de muito importante, mas, eu tive a satisfação de passar um final de semana em gargalheiras e senti de perto essa magia que serca este lugar belo e fantastico que so conhecendo para atribuir tantos adjetivos.

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