sábado, 25 de abril de 2009

Perigo nas Estradas






Dia 20/04 enviei ao blogueiro amigo Paulo Martins, o email abaixo, que foi postado por ele em seu blog, na mesma data:

Caro Paulo Martins,


Como o amigo sabe, sou seridoense de Acari e há dois anos o destino, utilizando-se da nossa condição humana de dependente do trabalho, quis que eu me radicasse na região Oeste do estado. Desde então fixei residência em Mossoró, cidade que aprendi a gostar e região que cada vez mais admiro, seja pela sua pujança na geração de riquezas, como também (e principalmente) pelas suas belezas naturais.


Sempre que posso, busco conhecê-la melhor e quanto mais eu me deparo com locais que até então desconhecia a existência, mais me encanto com as belezas do nosso estado. Acho que todo potiguar, antes de cogitar conhecer outras regiões (às vezes até outras nações), deveria ser melhor inteirado do que o seu próprio estado tem a oferecer: um litoral belíssimo; um relevo cheio de belas obras de arte esculpidas pelo tempo; e uma cultura secular, que cada vez mais é absorvida pela globalização do “modernismo”, junto com todas as suas pragas e mazelas.


Esse final de semana meu destino foi a “tromba do elefante”. Eu e mais um grupo de amigos resolvemos dar uma esticadinha até Martins, serra belíssima e clima mais que agradável. Mas o que começou com o desejo de explorar e desfrutar dos encantos da nossa região, quase acaba em tragédia e por esse motivo resolvi te escrever.


Na ida tudo transcorreu bem. A viagem foi tranquila, já que a estrada está bem cuidada e devidamente sinalizada. Na volta, nada indicava que seria diferente. Tempo nublado, clima agradável. Eu e um amigo vínhamos de moto, cada um com um filho na garupa, seguidos por nossas esposas, que vinham de carro, com o resto da prole. Na saída de Caraúbas para Governador Dix-sept Rosado, o tempo fechou. Um toró forte nos pegou de surpresa, mas tudo bem: estávamos devidamente preparados para isso. Os agasalhos nos protegiam da chuva, que apenas nos requisitava uma cautela maior na condução na estrada.


Passado o momento de chuva mais intensa, aceleramos um pouco em direção a Governador, para recuperarmos o tempo perdido. Eis que nesse exato momento, em um horário que a luz do sol não ilumina tão bem, nem a luz artificial dos veículos é capaz de colaborar com a nossa visão, nos deparamos subitamente com um lote de jumentos cruzando o asfalto. Não havia tempo para frear, nem espaço para passar, mas não sei como (e sei: Deus) conseguimos passar incólumes. Tenho absoluta convicção que em cima do asfalto não havia um outro espaço que permitisse a nossa passagem (e tão somente a nossa passagem).


Eu vinha à frente e quanto desviei, buzinei. Para a nossa sorte (graça Divina) o bando se afastou o suficiente para a passagem dos veículos que vinham logo atrás. O restante do trajeto, reduzimos bastante a velocidade e seguimos testemunhando a irresponsabilidade alheia. Até chegar em Mossoró passamos por, pelo menos, mais uma meia dúzia de animais, fora os que repousavam sem vida à beira do asfalto. Restou, como “cicatriz” da viagem, a gratidão a Deus pela proteção que nos permitiu retornar sãos e salvos.


Sei do alcance do seu blog e acredito que os nossos homens públicos não são insensíveis e podem perfeitamente cumprir suas obrigações, desde que a demanda seja exequível e a causa seja justa. Com esse meu relato, fico com a consciência tranquila por ter feito a única coisa que me cabe, que é reivindicar aos que são responsáveis pela segurança nas estradas, que providências sejam tomadas. Diante de tantas taxas e impostos cobrados nos licenciamentos de veículos, isso é mínimo que os órgãos responsáveis poderiam nos dar como retorno. Seria muito bom que as demais pessoas que também se sentem incomodadas com a situação, passassem a se manifestar e cobrar providências a quem de direito.


Forte abraço,


Pedro Augusto.


http://paulomartinsblog.zip.net/

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