domingo, 18 de outubro de 2009

Soneto da Quase Despedida



Na fronte pálida, a relutância
Brilho profundo em olhos rasos d'água
Lágrima mansa, coração deságua
Em gestos da mais nobre elegância

Na boca cálida, serena ânsia
Decepção, que o tempo não enxágua
Singela angústia, ofegante mágoa
Não há mais aquela rara fragrância

Palavras mudas, afagando a alma
Doce veneno de uma ilusão
Constrito epílogo, veladas palmas

Não houve amor, foi apenas paixão?
Subitamente esvai-se toda a calma
E um beijo ardente é mais que um perdão

(Pedro Augusto Fernandes de Medeiros)

PS: Este soneto já foi postado no dia 06/10, no blog do poeta Lívio Oliveira, a quem agradeço a generosidade e parabenizo pelo belo trabalho que vem desempenhando naquele espaço em prol da cultura potiguar.
http://oteoremadafeira.blogspot.com/2009/10/soneto-da-quase-despedida-poema-enviado.html

5 comentários:

  1. Se é "quase despedida", basta uma faísca para reacender. Lindo soneto, como sempre, Pedro! Vc tem o dom de encantar com palavras. Beijos!

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  2. Não parece que soneto é algo muito dificil de você fazer, parece que já faz há muito tempo, e cada um é mais belo do que o outro.
    Adoro seus sonetos!
    Seu blog está a cada dia melhor!
    Abraços!!!

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  3. Adorei! Parabéns pelo post!
    Beijos!
    Cantinho She.

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  4. Pedro, que beleza de soneto! Um encanto!
    E um beijo ardente... é a declaração de amor!
    Parabéns, amigo poeta!

    Abraços,
    Célia Medeiros

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  5. Beija-flor procura antigos ninhos nos abismos dos edifícios.

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