quinta-feira, 3 de junho de 2010

Seca



Solo rachado
Pura aflição
Vento murmura na escuridão

O céu em brasas
Extrema unção
Só movimentos de folhas no chão

Estio pagão
Escolhe a cor
Pintando em cinza a tela da dor

Insuportável
Forte calor
Sertão sedento, tempo assustador

(Pedro Augusto Fernandes de Medeiros)

3 comentários:

  1. Hum, bom rever seus versos.

    Abraços.

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  2. É Predão, o nosso sertão em tempo de seca, é assustador mesmo para quem não conhecer, mas veja que belo por do sol, no nosso querido Sertão, abraço Ielton

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  3. Nosso sertão é duro na época da seca, mas mesmo assim existe poesia nele, a poesia da dor, da seca, do solo rachado, ainda assim um solo belo e sagrado!!!
    Belo poema Pedro!

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