Foto: David Clemente
Mergulho no pensamento
De uma lembrança sublime
Que singelamente exprime
O prazer de um momento
Feito um barco ao vento
Velejando na memória
Numa doce trajetória
Refletida no presente
Cada emoção latente
Faz da vida, uma glória
(Pedro Augusto Fernandes de Medeiros)
Prezado Pedrinho,
ResponderExcluirRealmente, é uma doce lembrança, de quando atravessávamos o Gargalheiras, indo da Carnaubinha ao Acari, em grandes canoas: Dona Ana, Juarez e eu, todos os filhos e as pessoas maravilhosas que viviam perto de nós. Foi nesse trajeto que aprendi a amar a natureza, a conviver sorrindo com dificuldades, a sentir-me sempre feliz com a vida.
Feliz páscoa para vc e sua família.Abraços fraternos de Maria José.
Dona Maria José,
ResponderExcluirFico feliz com a presença da senhora, motivo de grande satisfação para mim. Essas lembranças doces, sem dúvidas, nos causam certa melancolia. Mas como seria a vida sem elas? Não podemos nos afogar no passado, mas mergulhos eventuais são sempre muito prazerosos. Também aprendi a contemplar a natureza em momentos que guardo com grande carinho na memória. Eu, ainda criança, acompanhando Vovô Bilé no retorno do Açude do Benedito para casa. Após admirá-lo com encanto abrindo a tarrafa em lances perfeitos, retornávamos pelo roçado, onde ajudava-o a trazer feijão verde, milho, jerimum e melancia. Ao chegarmos à sede, sentávamos no alpendre, saboreávamos uma melancia e em seguida ele cravava as cascas em estacas de cerca, para assistirmos a passarada vir fazer a sua ceia. Esse ritual se repetia sempre. Certa vez eu disse a ele que gostaria de pegar alguns daqueles passarinho para criar. Então ele, com a resposta própria dos sábios, respondeu: - Para quê, meu filho? Você gostaria de estar preso? Os pássaros são muito mais belos quando soltos.
Um abraço forte e uma feliz páscoa para a senhora e para toda a sua família também!