Deus terminava o mundo
Findando o material
A água tava acabando
O barro já no final
Das ferramentas, restou
Só a pá celestial
Foi então que um serafim
Que era servente fiel
Disse: - valei-me, Senhor
- Não deu para ver do céu
Que ficou uma região
Sem retocar de pincel
- Se acalme, Gabriel
Disse, O todo poderoso
- Eu vou dar um jeito nisso
Mesmo sendo oneroso
Para tudo, há remédio
Curarei até leproso
- Esse solo arenoso
Vou retirar com a pá
Esculpirei cordilheiras
Para a água escoar
E o pouco que chover
Vai ser possível juntar
- Não vai dar para pintar
Pois a tinta tá escassa
Mas eu vou dissolver ela
Dentro da minha cabaça
Mesmo sendo a água pouca
Formarei chuvas esparsas
- Esse líquido disfarça
Uma força que é bela
Com a tinta misturada
O seu poder se revela
No solo que ela bater
O colorido pincela
- Mas a linda aquarela
Logo perderá a cor
Os vegetais encobertos
Por um cinza assustador
Toda a vida se esconde
Debaixo dum cobertor
O mistério de valor
Que Deus Pai, quer nos passar
É que a vida se renova
E temos que aceitar
Mas mesmo sendo mortais
Podemos ressuscitar
É assim, esse lugar
De beleza sem igual
Uma hora é abundante
Outra hora é brutal
Parece ser desastroso
Mas no fundo é normal
-Para ficar ideal
Faltam duas coisas, só:
Batizarei com o nome
Região do Seridó
E colocarei um povo
Capaz de em pingo dar nó
Findando o material
A água tava acabando
O barro já no final
Das ferramentas, restou
Só a pá celestial
Foi então que um serafim
Que era servente fiel
Disse: - valei-me, Senhor
- Não deu para ver do céu
Que ficou uma região
Sem retocar de pincel
- Se acalme, Gabriel
Disse, O todo poderoso
- Eu vou dar um jeito nisso
Mesmo sendo oneroso
Para tudo, há remédio
Curarei até leproso
- Esse solo arenoso
Vou retirar com a pá
Esculpirei cordilheiras
Para a água escoar
E o pouco que chover
Vai ser possível juntar
- Não vai dar para pintar
Pois a tinta tá escassa
Mas eu vou dissolver ela
Dentro da minha cabaça
Mesmo sendo a água pouca
Formarei chuvas esparsas
- Esse líquido disfarça
Uma força que é bela
Com a tinta misturada
O seu poder se revela
No solo que ela bater
O colorido pincela
- Mas a linda aquarela
Logo perderá a cor
Os vegetais encobertos
Por um cinza assustador
Toda a vida se esconde
Debaixo dum cobertor
O mistério de valor
Que Deus Pai, quer nos passar
É que a vida se renova
E temos que aceitar
Mas mesmo sendo mortais
Podemos ressuscitar
É assim, esse lugar
De beleza sem igual
Uma hora é abundante
Outra hora é brutal
Parece ser desastroso
Mas no fundo é normal
-Para ficar ideal
Faltam duas coisas, só:
Batizarei com o nome
Região do Seridó
E colocarei um povo
Capaz de em pingo dar nó
(Pedro Augusto Fernandes de Medeiros)
Nenhum comentário:
Postar um comentário